Uma outra curiosa realidade tem se acentuado ao redor do Movimento:
A maioria absoluta dos que pediram por ele, não vieram!
Sim, a maior parte daquele pessoal que escreveu cartas e cartas queixando-se do jugo de escravidão religiosa, com o mesmo espírito que o salmista queixava-se do Exílio no Salmo 137, na verdade, só queria mesmo reclamar.
Questionam o exílio, mas não querem ver materializada nenhuma libertação, pois, de fato, tendo se passado tanto tempo em cativeiro, eles talvez já possuam muitos negócios no Exílio. Cresceram em Babilônia e já dependem dela para viver e se manter, ainda que em intermináveis ciclos de euforias e frustrações que se alternam em revezamento, vivendo na tal "rodinha do hamster" o tempo todo. Por fim, aliaram sua própria identidade espiritual àquela condição de semi-Evangelho e de pseudo-fraternidade (segundo eles próprios em milhares de milhares de correspondências!).
Aí alguém lhes convida sob o "decreto" de uma Doce Revolução, a esperança de uma alternativa surge, um novo odre se estabelece, as utopias se tornam possíveis, a porta se abre, o Caminho se faz em direção a Jerusalém, mas eles não vêm!
Sim! A reconstrução dos muros derribados dá mais trabalho do que era imaginado, precisamos de apoio, chamamos por eles, mas eles não podem! Eles só querem assistir, e eventualmente dar uns sábios palpites, fazer advertências amigas. Ficaram incrivelmente éticos: "Ah! Não dá, o Caio está muito reativo. Eu falei tudo aquilo, mas não era para tanto...".
Querem manter uma proximidade gerenciada, mas não querem uma relação de armas depostas.
Sabem tudo sobre o "Caminho da Graça", e o aplicam em suas comunidades e discipulados. Mas são amigos distantes...
Querem uma amizade de interesses, para fins de eventos, querem até um pedaço do Caio, se for o caso; mas não suportam a desesperança caústica dele em relação a tudo aquilo do qual ele já foi pai e mãe, ainda que diariamente ele dê conta de se derramar de amor e zelo pelos filhos do Evangelho sobre qualquer denominação.
Então, gastam todo o tempo especulando acerca do Caminho.
Eles nos dizem: "Já sei onde tudo vai parar!" "Infelizmente vai tudo se perder!" "O Caminho vai virar 'igreja'... que pena! Era, afinal, um projeto tão lindo!" "Mas, a gente já viu essa história tantas vezes e já sabe onde vai dar... É melhor ficar aqui para não se 'queimar'!" Afinal, "o Caminho não é a última azeitona dessa empada. O Caminho é Cristo!" Em Santos, por exemplo, eles falam com categorias mais nobres que já inocentam o Caio, agora que se certificaram de sua seriedade e viram que o cara é crente: "Puxa, pena que o pastor não é entendido pelos que o 'seguem'!" "Puxa, pena que os caminhantes só fizeram uma transição desastrada e amargurada entre a 'igreja' e o 'Caminho', mas não assimilaram a 'proposta'... (eu, sinceramente, não sei como eles sabem tantas coisas!). E por aí vai, desde sérias análises antropológicas, sociológicas, teológicas até os mais fantasiosos exercícios de difamação: "No Caminho pode tudo! Credo!", "Eles bebem, eles casam gays, eles dançam (ih! A gente dança mesmo!), eles pensam que a Graça é a quarta pessoa da Trindade..."
Bom, em Fortaleza se ouviu e eu só vim aqui fazer ecoar que:
O que vale não é o que se especula, mas o que se realiza! Materializar esperanças dá trabalho; é mais fácil deixar "Jerusalém" guardada na mente como um sonho bom e impossível de ser reconstruído.
Constatado isso, no "Caminho" não nos ocuparemos com profetas de laboratório, exegetas de camarote, os amigos que nunca pulam, que nunca abandonam a zona de conforto, que nunca confiam, que sempre ficam esperando que a gente revele como tudo funciona na verdade, por debaixo do tapete das boas intenções do Caio e dos demais. Você diz para eles sempre as mesmas coisas: Funciona assim! Do jeito que você está vendo! Vem e Vê, mano! Mas eles não acreditam. Penso que só se convidaram para cerrar fileiras porque não podiam imaginar que a gente era LOUCO o suficiente para fazer o Caminho de volta para casa, para fora do exílio!
Um outro grupo, de espírito similar a esse, é aquele que é constituído pelos que já provaram que não querem participar de uma coisa maior; querem ser o maior da coisa toda, e por isso, não farão nunca coisa nenhuma! Daí existirem muitas comunidades nomeadas Caminho da Graça, inclusive, que a gente nem sabe que existe e nem tem a oportunidade de saber! Eles seguem o Caminho de longe, eles abrem o site como quem consulta um menu, como quem saca do cardápio um bom prato, mas não colocam a mão num tijolo dessa reconstrução num enorme desperdício de força-tarefa e recursos! Não querem amizade, fraternidade, companhia, relacionamento, nada... São uma espécie de Nicodemos, nos seguem na calada da noite porque temem a auditoria, a controladoria, a intervenção. Pensam que fazemos como eles fariam. São os vícios da era da tirania e da suspeição que impedem o espírito do Salmo 133 de se concretizar entre nós com a exultação desarmada dos que tem os braços dados! O Salmo 133, pós-exílico, exalta a alegria de se caminhar desenclausurado com os irmãos em direção ao templo re-erguido (Isso não é teologia, é alegoria; contudo, isso É!).
Aviso aos caminhantes: Se você encontrar por aí o pessoal do Salmo 137, convide-os para o Salmo 133, E no que nos diz respeito, a gente não quer mais irmãos, a gente quer irmãos-amigos! Se você encontrar por aí o pessoal do Salmo 137, digam a eles que estão fazendo muita falta! E que já pulamos de Salmo, e que já abandonamos as canções do exílio. Se ninguém vier, se ninguém se manifestar, se ninguém ajudar, certamente vai demorar mais tempo, algumas outras gerações, se for o caso, mas as muralhas serão re-erguidas em nome de Jesus.
O "Caminho da Graça" não é epicentro de coisa alguma; o Espírito é Livre. Todavia, vamos nos unir, não para formar um gueto; mas para se tornar um contingente de restauração e Vida, com forças multiplicadas.
O convite está aberto, porque nossa porta nunca se fecha!
A gente tem o coração mole...
Vem e vê, mas não demora não...
Marcelo Quintela
O Caminho da Graça e seus "amigos": A difícil jornada do Salmo 137 para o 133 |
Comunicado |
Caminhantes e amigos uberlandenses,
Graça e Paz!
Informo-lhes que devido ao feriado de 22 de maio, no próximo domingo (25/05), não haverá reunião de nossa Iniciativa:
BAIRRO LÍDICE - André Victor
Local: Rua Carajás nº 1.289 - casa 02
Horário: a partir das 18:00
Voltaremos a nos encontrar na semana seguinte, dia 01/06.
Ótima semana e bom feriado a todos.
Abraços fraternos.
Priscilla
O "Jesus" que Jesus não conhece! |
Todos os dias encontro pessoas que vivem como bem entendem, mas desejam assim mesmo as bênçãos do Evangelho. O ardil é simples: A pessoa não lê a Palavra [exceto em reuniões públicas e a fim de basear o discurso de algum pregador], não conhece Jesus [exceto como nome poderoso nas bocas dos faladores de Deus], não ora [exceto dando gritos de apoio às orações coletivas], não pratica a Palavra [exceto a palavra do profeta do grupo, ou do bispo ou autoridade religiosa da prosperidade ou da maldição], não se compromete com o Evangelho [exceto como dízimo e dinheiro no “Banco de Deus”: a “igreja”]; e, de Jesus, nada sabe; pois, de fato, nada Dele experimenta [exceto como medo].
Entretanto, a pessoa fica pensando que o Evangelho que ela nem sabe o que é haverá de abençoá-la em razão de que ela está sempre no “endereço de Deus”: o templo da “igreja”.
Assim, vivem como pagãos em nome “de um certo Jesus” que não é Jesus conforme o Evangelho; e, mesmo assim, seguem “um evangelho” que não é Evangelho, para, então, depois de um tempo, acharem que o Evangelho não tem poder, posto que acham que já o provaram e de nada adiantou; sem saberem que de fato deram suas vidas a uma miragem, a um estelionato, a uma fantasia de “Deus”.
Milhões pronunciam o nome de Jesus, mas poucos o conhecem numa relação pessoal!
Na realidade o que vejo são pessoas estudando teologia sem conhecerem a Deus; entregando-se ao ministério sem experiência do amor de Deus em si mesmas; brigando pela “igreja” [como grupo de afinidades] sem amarem o Corpo de Cristo em seu real significado; pregando “a mensagem da visão da igreja” julgando que tem algo a ver com a Palavra de Jesus [apenas porque o nome “Jesus” recheia os discursos].
E mais: os que aparentemente sabem o que é o Evangelho e quais são as suas implicações, ou não querem as implicações para as suas vidas pessoais, ou, em outras ocasiões, não querem a sua pratica em razão de que ela acabaria com o “poder” de bruxos que exercem sobre o povo.
Assim, vão se enganando enquanto enganam!
O final é trágico: vivem sem Deus e ensinam as pessoas a viverem na mesma aridez sem Deus na vida!
O amor à Bíblia como livro mágico acabou com o amor à Palavra como espírito e vida!
Não se lê mais a Palavra. As pessoas levam a Bíblia aos “cultos” apenas para figurar na coreografia e na cenografia da reunião — nada mais!
Oração em casa, sozinho, com a porta fechada, e como algo do amor e da intimidade com Deus, quase mais ninguém pratica!
Ora, enquanto as pessoas não voltarem a ler a Palavra, especialmente o Novo Testamento, jamais crescerão em entendimento e jamais provarão o beneficio do Evangelho como Boa Nova em suas vidas.
Há até os que depois de um tempo julgam que o Evangelho é fracassado em razão da “igreja” estar fracassada.
Para tais pessoas a “igreja” não é apenas a “representante de Deus”, mas, também, é o próprio Evangelho!
Que tragédia: um Deus que se faz representar pelo coletivo da doença do “Cristianismo” e que tem “igreja” a encarnação de um evangelho que é a própria negação do ensino de Jesus!
O que esperar como bem para tal povo?
Ora, se não tiverem o entendimento aberto, o que lhes aguarda é apenas frustração, tristeza e profundo cinismo.
Quem puder entender o que aqui digo, faço-o para o seu próprio bem!
Nele, que não é quem dizem que Ele é,
Caio
09/05/08
Lago Norte
Brasília
DF
caminho dos Encontros e dos Encantos em Fortaleza |
Sinto-me participante de um momento histórico no que se refere à Fé Cristã que abracei desde a minha infância. Sempre cri que a Fé Cristã é a fé que toca nas pessoas, até as que já estavam sepultadas, e estas, ressuscitaram, voltaram a vida e foram convidadas à mesa dos vivos.
Sempre cri que quando oro, oro sempre junto com o outro, pois, O PAI, É NOSSO,
não meu. Que a mesa do pão tem que ter mais gente, pois O PÃO, É
NOSSO, não apenas meu. Sempre cri que no ENCONTRO dos irmãos há plenitude
dos dons, dos carismas, e portanto, de curas.
Bem, em Fortaleza, mais uma vez testemunhei isto tudo que creio. No encontro e nos encontros dos caminhantes vindos de mais de 10 estados do Brasil, testemunhei o quanto a Fé Cristã é terapêutica, pois, curou a muitos e tocou em todos. Contemplei ao longo dos dias que ali ficamos juntos os encontros, os abraços, os beijos, os olhares, as risadas, os choros e as conversas sobre todos os assuntos possíveis, mas, o saldo de tudo, foi o RE-ENCANTO de muitos para continuar na caminhada na fé. O ENCANTO de outros tantos que haviam perdido o gosto, os sabores do viver comunitário. Alguns desencantados com tudo saíram dali com um mínimo de esperança de que é possível reascender a pequenina chama da Fé Cristã e a partir daí produzir vida suficiente para tocar em si mesmos e em tantos outros que encontrarão pelo caminho. Mais uma vez neste ENCONTRO não foi necessário que houvesse qualquer manipulação para que as pessoas se integrassem umas às outras, pois isto aconteceu com a naturalidade de tudo que acontece no Caminho. Em Fortaleza vimos a materialização de muito do que tem sido ensinado pelos mentores e vivido pelos caminhantes do Brasil todo, isto é, que é possível viver a dinâmica do evangelho em absoluta liberdade e com responsabilidade. Desfrutamos toda liberdade sem, no entanto, termos qualquer problema com leviandade, vulgaridade ou banalização da vida na vida. Sabendo que cada um de nós é TERRENO SAGRADO, nos relacionamos com reverência o tempo todo. Houve espaço de muita alegria e bom humor, mas, houve também muito espaço de escuta, onde muitos puderam derramar seus corações e serem ouvidos em amor. Como sempre, há muita informalidade, mas, ao mesmo tempo seriedade em tudo que se fala e se canta. É impossível destacar uma frase, pois, o todo em tudo, valeu demais.
Ao nos despedirmos notamos o quanto nos apegamos uns aos outros, mas, todos sabíamos que voltar para casa e para a vida é absolutamente necessário, pois, é ali que a vida acontece. E isto aconteceu com os corações animados, esperançosos e cheios de expectativas para se materializar nas vidas de outros tantos as alegrias que vivemos juntos ali. Nos despedimos convictos que o evangelho é de fato a boa noticia de Deus aos homens a quem Ele quer bem. Nos despedimos certos que precisamos aprender conviver com um DEUS BOM e não com um Deus irado. Nos despedimos certos que nossa resposta a este Deus bom é o nosso serviço ao outro e a muitos, o tempo todo e todo tempo. Nos despedimos certos que há um culto a ser celebrado na vida todo dia o dia todo e que isto é possível, pois, Ele está sempre conosco em qualquer ligar e em qualquer circunstancia.
Obrigado a todos que produziram este encontro que nos encantou outra vez com a beleza do EVANGELHO DA GRAÇA de Jesus de Nazaré. Deus os guarde a todos em amor e paz, pra Ele mesmo, sempre.
Graça, paz & todo bem a todos.
Carlos Bregantim
Caminho da Graça - SP
07/Maio/2008
Um depoimento e um convite |