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"Enquanto caminho, somos NELE... Enquanto caminhantes, pisamos o mesmo chão da terra que ELE pisou... Enquanto semente, morremos a cada dia no chão da vida para dar frutos... Enquanto ajuntamento, somos Igreja sendo membros do Seu corpo, e irmãos e irmãs... Enquanto verdade, nada podemos contra a verdade NELE... Enquanto gente, somos povo e família de DEUS, pois NELE fomos reconciliados no PAI... Enquanto Graça, somos tudo NELE, para que ELE seja tudo em todos..." ROGÉRIO

Maior Amor

Evangelho segundo S. João 13:1-15

Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo. O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a decisão de o entregar. Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou um toalha e atou-a à cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura. Chegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: "Senhor, Tu é que me lavas os pés?" Jesus respondeu-lhe: "O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás-de compreendê-lo depois." Disse-lhe Pedro: "Não! Tu nunca me hás-de lavar os pés!" Replicou-lhe Jesus: "Se Eu não te lavar, nada terás a haver comigo." Disse-lhe, então, Simão Pedro: "Ó Senhor! Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!" Respondeu-lhe Jesus: "Quem tomou banho não precisa de lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós estais limpos, mas não todos." Ele bem sabia quem o ia entregar; por isso é que lhe disse: "Nem todos estais limpos". Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a sentar-se à mesa e disse-lhes: "Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e dizeis bem, porque o sou. Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também."

Da Bíblia Sagrada

Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, co-padroeira da Europa.
Carta 129

"Sabendo que a sua hora tinha chegado, Jesus amou-ou até o fim"

Sede obedientes até à morte, a exemplo do Cordeiro sem mancha que obedeceu a seu Pai até à morte vergonhosa da cruz. Pensem que ele é o caminho e a regra que deveis seguir. Tende-o sempre presente diante dos olhos do vosso espírito. Vede como ele é obediente, este Verbo, a Palavra de Deus! Ele não recusa transportar o fardo das dores de que seu Pai o encarregou; pelo contrário, ele lança-se, animado de um grande desejo. Não é isso que ele manifesta na Ceia de quinta-feira santa quando diz: "Tenho ardentemente desejado comer convosco esta Páscoa, antes de padecer" (Lc 22:15)? Por "comer a Páscoa", ele entende o cumprimento da vontade do Pai e do seu desejo. Não vendo quase mais nenhu, tempo à sua frente (ele via-se já no fim, quando devia sacrificar o seu corpo por nós), ele exulta, rejubila e diz com alegria: "Desejei ardentemente". Aqui está a Páscoa de que ele falava, aquela que consistia em se dar a si próprio em alimento, a imolar o seu próprio corpo para obedecer ao Pai.

Jesus tinha celebrado muitas outras Páscoas com os discípulos, mas nunca esta, ó indizível, doce e ardente caridade! Tu não pensas nem nas tuas dores nem na tua morte ignominiosa; se tivesses pensado nisso, não terias sido tão feliz, não lhe terias chamado uma Páscoa. O Verbo viu que foi ele próprio que foi escolhido, ele próprio que recebeu por esposa a nossa humanindade. Pediram-lhe que nos desse o seu próprio sangue a fim de que a vontade do Pai se cumprisse em nós, a fim de que seja o seu sangue que nos santifica. Vede bem a doce Páscoa que aceita este cordeiro sem mancha (Ex 12:5), e é com um grande amor e um grande desejo que ele cumpre a vontade do Pai e que observa inteiramente o seu desejo. Que doce amor indizível!...

É por isso, meus bem-amados, que vos peço que nunca tenham medo de nada e que coloquem toda a vossa confiança no sangue de Cristo crucificado. Que qualquer temor servil seja banido do vosso espírito. Direis com S. Paulo: 'Por Cristo crucificado, tudo posso, pois ele está em mim por desejo e por amor, e fortalece-me (Fp 4:13; Gl 2:20). Amai, amai, amai! Pelo seu sangue, o doce cordeiro fez da vossa alma um rochedo inabalável.

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